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Neste momento, o mundo das Terapêuticas Não Convencionais está a ser completamente vandalizado por algo chamado Medicina Quântica.
Pseudos-cientistas(*) pretendem fazer diagnóstico com uma simples máquina ligada a um portátil.
Como podemos saber se a
medicina quântica é válida?
Em primeiro lugar pela sua capacidade de diagnóstico usando tecnologia de ponta. Não acha estranho que esta máquina seja capaz de fazer diagnósticos que rivalizam com a tecnologia mais avançada de radiologia e medicina nuclear?
Como é possível ligar dois ou 3 fios ao corpo e através da “medição das correntes elétricas do mesmo” ser capaz de fazer diagnósticos relativos à presença de hérnias discais? Como é possível diagnosticar determinados problemas de saúde sem sequer recorrer a análises de sangue?
A resposta é simples: não é possível. A tecnologia que a medicina quântica advoga possuir pertence ao reino da magia.
A medicina quântica apareceu, está na moda e vai vender muito e depois vai desaparecer e dar lugar a outra com um nome diferente mas baseada nas mesmas ideias erradas e nas mesmas manipulações científicas.
Apesar do avanço da medicina científica, que num século duplicou a nossa esperança de vida, ainda há quem entregue a sua saúde a métodos e remédios alternativos. Muitos deles não passam de fraudes.
A saúde é uma das coisas que mais falta fazem quando não se tem. Somos capazes de tudo para recuperá-la, até acreditar cegamente na eficácia das terapias mais absurdas. Os vendedores de falsas esperanças sabem-no e pululam por aí.
Manter a pulga atrás da orelha
Se receber informação sobre algum tipo de terapia não-convencional ou tratamento natural e não ficar convencido da sua seriedade científica, lembre-se destas considerações:
1 - Quase todos os remédios infalíveis afirmam poder curar uma doença que ainda não tem tratamento conhecido.
2 - A cura costuma basear-se num ingrediente especial, secreto ou proveniente de uma fórmula antiquíssima.
3 - Como prova da sua eficácia, apresentam uma série de testemunhos de pessoas a dizer que funcionou, mas nunca estudos clínicos ou estatísticos comparados.
4 - O tratamento serve, invariavelmente, para diferentes tipos de doenças.
5 - Referem-se sempre às doenças de modo geral; dizem, por exemplo, “o cancro”, embora haja muitos tipos de tumores malignos, que exigem tratamentos diferentes.
6 - É rápido, simples e (era o que faltava!) nunca implica efeitos secundários.
7 - Garantem que se fica curado, pois limpa o organismo.
8 - Se suscita dúvidas e receios, é porque existe uma conspiração por parte do mundo da medicina convencional e das multinacionais farmacêuticas para desvalorizar a sua eficácia e resultados.
9 - Verificar junto a ANVISA e ao CFM - Conselho Federal de Medicina se tem algum registro.
Em suma, é preciso saber distinguir entre terapias alternativas genuínas, as que já demonstraram a sua eficácia e são seguras; terapias experimentais não-testadas, as que ainda estão em fase de ensaio mas se considera poderem ser eficazes; e terapias questionáveis, as que não foram testadas nem apresentam argumentos científicos para se pensar que sejam plausíveis.
(*)Pseudocientistas têm conhecimento e compreensão deficientes ou superficiais da ciência bem estabelecida.
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Fonte: Acuforma/Superinteressante
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