© CNRN / John Bolton (Foto: Agência Brasil)
A política da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em relação à Ucrânia apenas adia a derrota de Kiev, escreveu o ex-conselheiro de segurança nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, em um artigo publicado no site do The Wall Street Journal.
De acordo com Bolton, "os fracassos ofensivos da Ucrânia e os sucessos defensivos da Rússia têm uma causa comum: o fornecimento lento, vacilante e não estratégico de assistência militar pelo Ocidente. Os debates em série sobre se fornecer ou não este ou aquele sistema de armas, o medo perpétuo de que a Rússia escalonará para uma guerra contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte e as ocasionais demonstrações de força nuclear do Kremlin instalaram uma cautela paralisante nas capitais ocidentais. Embora o Reino Unido sob Boris Johnson não tenha sido dissuadido, a OTAN pareceu relutante em cumprir seu compromisso de restaurar a plena soberania e integridade territorial da Ucrânia."
"Essa hesitação é um produto do êxito da dissuasão pelo Kremlin, e não da necessidade estratégica americana," observou ele. "Longe de ser inevitável, a incapacidade dos ucranianos de alcançar grandes avanços é o resultado natural de uma estratégia dos Estados Unidos voltada apenas para evitar a conquista russa," segundo ele.
Quanto às sanções, Bolton acredita que "O Ocidente - particularmente Washington - também precisa repensar radicalmente a política de sanções. Teorias sobre tetos de preços para o petróleo russo falharam, e as sanções ocidentais de maneira geral permanecem fragmentadas e seriamente pouco aplicadas. Essas deficiências não se limitam ao conflito na Ucrânia e devem levar a OTAN a rever institucionalmente como ela conduz a aplicação das sanções. Proclamar sanções é ótimo para a imagem, mas a aplicação é difícil, tediosa e necessariamente realizada clandestinamente sempre que possível. Os EUA e seus aliados precisam de uma grande reformulação e atualização dos instrumentos, procedimentos e pessoal para a aplicação de sanções."
De acordo com o Ministério da Defesa Russo, o exército ucraniano tem feito tentativas infrutíferas de ofensiva desde 4 de junho. Segundo o ministério, as Forças Armadas da Ucrânia perderam cerca de 43.000 soldados e 5.000 armas, incluindo 26 aviões e 25 tanques Leopard, em dois meses. O presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou que as tropas ucranianas não estão obtendo sucesso em nenhuma direção.
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Brasil 247
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