Travis King, de 23 anos, estaria sob custódia norte-coreana após entrar ilegalmente no país (Foto: Reprodução)
Era terça-feira quando as Nações Unidas anunciaram que um cidadão dos Estados Unidos foi detido pela Coreia do Norte depois de cruzar ilegalmente a fronteira com a Coreia do Sul. Mais tarde naquele dia, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, confirmou a detenção de um soldado dos EUA pela Coreia do Norte, enquanto o Departamento de Estado disse que o Departamento de Defesa entrou em contato com seus colegas em Pyongyang sobre o incidente. A mídia dos EUA informou que o soldado, Travis King, de 23 anos, deveria enfrentar uma ação disciplinar antes do incidente.
Desde então, uma série de revelações vieram à tona. O tio de Travis, Carl Gates, revelou à emissora NBC que o soldado estava em um estado de espírito negativo após a morte de seu jovem primo. "Travis tem muita coisa acontecendo em sua mente e estamos preocupados com ele... Agora não sabemos onde ele está, não sabemos o que estão fazendo com ele e talvez nunca mais o vejamos", disse Gates.
King passou quase dois meses em uma prisão sul-coreana por acusações de agressão e foi escoltado a um aeroporto perto de Seul, de onde seria levado de volta para casa para cumprir a ação disciplinar, informou a agência de notícias AP, mas escapou quando foi deixado desacompanhado.
Testemunhas disseram à mídia que ele atravessou a fronteira fortemente fortificada e foi levado sob custódia norte-coreana. Pyongyang continua sem esclarecer a Washington a situação de Travis. O porta-voz acrescentou que os EUA mantêm vários canais pelos quais podem enviar mensagens à Coreia do Norte, mas se recusou a entrar em detalhes, dizendo que "essas discussões são bastante delicadas".
Segundo a testemunha Sarah Leslie, que visitava a Zona Desmilitarizada da Coreia, relatou à AFP, Travis, um dos visitantes, correu em direção contrária ao grupo. Um soldado americano chegou a gritar: "Peguem ele!", mas já era tarde demais.
A advogada neozelandesa e Travis faziam parte do mesmo grupo em uma visita guiada à Zona Desmilitarizada em 18 de julho, a área que marca a fronteira entre as duas Coreias. Ela relatou o momento em que o soldado correu repentinamente em direção à linha de fronteira.
"Quando olhei, ele estava correndo muito rápido, e então um dos soldados americanos gritou 'capture-o!'. Todos os outros americanos e sul-coreanos correram atrás dele", explicou. "No entanto, não conseguiram alcançá-lo, e ele já estava muito próximo da fronteira. King correu entre dois edifícios localizados na fronteira, o que fez com que os americanos e sul-coreanos que o perseguiam tivessem que voltar", acrescentou Leslie.
Conforme os protocolos do armistício que pôs fim à Guerra da Coreia em 1953, os EUA não têm autorização para entrar no território norte-coreano para buscar o soldado King. "Acho que nunca vi ninguém correr tão rapidamente", concluiu a advogada.
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Brasil 247
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