Page 18 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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I − REVOLUÇÃO DE BELZEBU
Canta, ó Deusa da Sabedoria, a majestade do fogo!
Levantemos nossas taças e brindemos pela Hierarquia das Chamas...
Escancaremos nossas ânforas de ouro e bebamos o vinho da luz até
embriagar−nos...
Ó Demóstenes! Quão rápidos foram teus pés em Queronéia...
Mesmer, Cagliostro, Agripa, Raimundo Lulle, a todos conheci, a todos vi, e os
chamaram loucos.
De onde tirastes vossa Sabedoria? Por que a morte selou vossos lábios? Que
se fizeram de vossos conhecimentos?
Beberei o vinho da sabedoria esta noite, no cálice de vossos augustos crânios
e num gesto de rebeldia onipotente me rebelarei contra a antiga dificuldade.
Romperei todas as cadeias do mundo e me declararei imortal, mesmo que me
declarem louco...
Empunharei a espada de Dâmocles e farei ruir o inoportuno hóspede...
Porém, não poderás contra mim, muda caveira, porque sou Eterno...
Cristo Ígneo, Cristo ardente, levanto meu cálice e brindo pelos Deuses, e Tu,
batiza−me com fogo...
De onde surgiu esta enorme criação?
De onde surgiram estas imensas massas planetárias que, como monstros
milenares, parecem sair das fauces do Abismo, para cair noutro mais terrível
e espantoso que o primeiro?
Levanto meus olhos ao alto e sobre a cabeça ígnea do maior de todos os
sacrificados leio esta palavra: INRI. IGNIS NATURA RENOVATUR
INTEGRAM (O Fogo Renova Incessantemente toda a Natureza).
Sim, amados discípulos, tudo no Universo não é senão granulações do
FOHAT.
Ó Hierarquias do Fogo! Ó Hierarquias das Chamas!
Rosas ardentes, ardentes... Serpentes ígneas... Silvai... Silvai eternamente
sobre as águas da vida, para que surjam os mundos... Silvai, silvai, silvai
eternamente, com o silvo do Fohat, Santas Chamas... Bendito seja o FIAT

