Page 146 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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Invulnerabilidade ante as forças titânicas inferiores, impenetra-bilidade em
grande escala, somente são possíveis eliminando−se inte-gralmente os
nossos defeitos psicológicos, esses horríveis Diabos Ver-melhos
mencionados no Livro da Morada Oculta...
Seth, o Ego animal, com todos os seus sinistros agregados subjetivos, sabe
ser terrivelmente maligno.
Escrito está com carvões acesos no tremendo livro do Mistério, que o Dom
Luciférico, terrível como nenhum outro, tomou−se mais tarde, para desgraça
nossa e de todo este aflito mundo, a causa prin-cipal, senão a própria origem
do Mal.
Zeus tempestuoso, o que amontoa as nuvens, representa clara-mente a hoste
dos progenitores primários, os PITRIS, os Pais que criaram o homem à sua
imagem e semelhança.
Não ignoram os poucos sábios do mundo que LÚCIFER−PRO-METEU,
MAHA−ASURA, o doador do fogo e da luz, e acorrentado horrivelmente ao
Monte Cáucaso e condenado à pena de viver, repre-senta também os DEVAS
rebeldes que caíram na geração animal no Amanhecer da Vida.
Citemos neste livro ardente do fogo alguns desses Titãs caídos ao raiar da
aurora.
Recordemos, inicialmente, Moloc, Anjo outrora luminoso, hor-rível rei
manchado de sangue com os sacrifícios humanos e com as lágri-mas dos
pais e das desesperadas mães. Apesar dos sons de tambores e timbales
apenas eram ouvidos os clamores dos filhos, quando arro-jados ao fogo e
imolados sem piedade por aquele execrável monstro, belo Deus de outros
tempos. Os Amonitas o adoraram em Rabba e em sua úmida planície, em
Argob e em Bassam, até as mais remotas correntes do Arno. Conta a lenda
dos séculos que Salomão, filho de Davi, rei de Sião, levantou um templo a
Moloc no monte do opróbrio. Dizem os Sete Senhores do Tempo que
posteriormente o velho sábio dedicou ao tal anjo caído um bosque sagrado no
doce Vale de Hinnom. Fecunda terra perfumada que por tal motivo tão fatal
trocara desde então seu nome pelo de Tofet e a negra Gehena, verdadeiro
tipo do inferno.
Seguindo Moloc, Homem Anjo da arcaica Lemúria vulcânica, onde os rios de
água pura da vida manavam leite e mel, vem Baal−Pehor, o obsceno terror
dos filhos de Moab, que habitavam desde Aroer até Nebo, e ainda muito além
da parte meridional do deserto de Abarim. Povos de Hesebom e Heronaim,
no Reino de Sião e além dos florescentes vales de Sibma, atapetados de
vinhedos, e em Elealé, até o lago Asfaltites. Espantoso, esquerdo, tenebroso
Baal−Pehor, em Sittim incitou os israelitas, durante sua marcha pelo Nilo, a
que fizessem lúbricas obrigações, que tanto mal acarretou−lhes. Desde ali,
este Elohim caído nos vermelhos incêndios luciferinos astutamente estendeu
suas lascivas orgias tenebrosas até o próprio monte do escândalo, muito
próximo do bosque do homi-cida Moloc. É óbvio que assim ficou estabelecida
a concupiscência abomi-nável ao lado do ódio, até que o piedoso Josias os

