Page 7 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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carneiro (Schofar) e a fumigação, ou Defumação (Levítico 16:12), bem como
o uso de palavras, ritos e amuletos mágicos, são instrumentos usados para
se purificar as pessoas e os ambientes. Davi aparece como um exorcista e
mago ao expulsar entidades do corpo de rei Saul, tocando harpa e cantando
Salmos (1Samuel 18:10). O livro Atos dos Apóstolos menciona que os
apóstolos curavam os doentes e os atormentados por espíritos imundos.
Ainda nos Atos lemos que Paulo expulsou o “espírito adivinhador” que se
manifestava numa jovem (Atos 16:16 a 25).

O Mal na Alma do Ser Humano: No Apocalipse, a história da Igreja é
representada como uma luta entre o Diabo, e suas legiões, e Deus, e seu
Coro, para a conquista da alma humana.

Os Anjos Caídos: Em Judas 6; Ezequiel 28:11 a 19; Isaías 14:13 e Mateus
25:41, estão ligados à tradição da queda de Satanás e de suas forças.

Satã: do aramaico satana, é uma palavra que tem como base o verbo satan
(incomodar, acusar, caluniar) e como substantivo significa adversário,
acusador. É o mesmo Diábolos (o acusador) grego. Como força psicológica
interior, catexe negativa, dentro do homem, são todas as nossas ignorâncias,
bloqueios, travas mentais, defeitos etc. Enfim, o conhecido e estudado Ego
animal dentro de todos nós. Porém, como força desdobrada, derivada da
divindade, é nosso Lúcifer Interior, esse treinador psicológico, o próprio
Instinto Sexual magnético, que nos coloca constantemente em situações
capazes ou de nos derrubar até a lama ou de nos fortalecer
psicologicamente. Vemos isso comprovado em Jó, cuja linguagem mostra
Lúcifer (interior) tendo que cumprir uma missão terrível, sendo um Acusador e
Tentador dos justos, mandado por Deus. Em Zacarias 3:1 a 3, Lúcifer é o
acusador que fica ao lado direito de Deus.

Do ponto de vista da teologia gnóstica, deve−se diferenciar claramente Satã
de Lúcifer. Satã é a totalidade de nossos erros, personificados nisso que
chamamos de Ego (ou Eu Psicológico) e Lúcifer (o Prometeu grego ou o
Xolótle asteca) é um derivativo, ou desdobramento, de nosso Cristo Interior
profundo, o qual nos joga no campo de batalha da vida e, por meio do Instinto
Sexual (por isso o bode é um de seus símbolos) é que somos temperados e
fortalecidos (ou totalmente destruídos).

Lúcifer: o hebraico Helel e o grego Heósphoros foram traduzidos na Vulgata
por Lúcifer, palavra que significa “Aquele que Brilha”. Jesus identifica essa
força Lúcifer−prometéica em dois de seus discípulos, Pedro e Judas (Lucas
23:3 e Mateus 16:23).

Repetimos com ênfase: Não se deve confundir esse princípio
cósmico−instintivo com as forças do mal, com os seres nefastos que vivem e
pululam nas dimensões inferiores da natureza e que despertaram sua
consciência no mal e para o mal. Dentre os manuscritos de Cumrán, entre os
variados manuscritos encontrados, figura um, interessantíssimo, intitulado
“Manual da Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas”. Ali, são
citados os demônios pérfidos, chefes de legião, como Belial (ou Beliol = sem
valor), o qual aparece como um demônio das trevas.
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