Page 38 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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V − O BASTÃO DOS PATRIARCAS

Belzebu, cada vez mais ansioso de Sabedoria, cumpria fiel e sinceramente
todas as ordens que seu sinistro instrutor lhe dava. Conheceu o curso das
correntes seminais e despertou sua Kundalini negativamente pelos
procedimentos da fornicação e da concentração, tal como os ensina Omar
Cherenzi Lind (veja Complemento 1, ao final deste livro), em seu livro
intitulado “A Kundalini ou a Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes”.

O crepúsculo da Noite Cósmica estendia o veludo de suas asas misteriosas
sobre os vales profundos e as enormes e gigantescas montanhas da velha
Arcádia. As corpulentas árvores milenares, últimos rebentos de pais
desconhecidos, já assistiam durante longos anos caírem as folhas do outono
e agora pareciam secar definitivamente para se desfalecerem nos braços da
morte.

Nossos atuais corpos humanos pareciam já fantasmas de homens e os
Íntimos de nossa atual humanidade já haviam recebido sua mais fina
vestimenta.

Terríveis terremotos sacudiam a Arcádia e por onde quer que fosse,
sentia−se um hálito de morte. Daquelas enormes multidões de seres
humanos haviam saído duas classes de seres: Anjos e Demônios.

A antiga beleza do disputado galã da Arcádia havia desaparecido. Seu corpo
cobriu−se de pelo e tomou a semelhança de um gorila. Seus olhos adquiriram
o aspecto criminoso e horrível de um touro. Sua boca agigantou−se e com
seus dentes horríveis apresentava o aspecto das fauces de uma besta voraz.
Sua cabeça de enorme cabeleira e seus pés e mãos disformes e gigantescos
lhe deram o aspecto de um monstro horrível, corpulento e enigmático. Esse
era Belzebu, o misterioso e disputado galã da antiga Arcádia...

Esta era a Taça da Sabedoria na qual ele queria beber?

Para se chegar a essa horrível monstruosidade é que foram todas essas
sagradas iniciações que ele passou no templo?

Este era o néctar da ciência, ou o licor da Sabedoria, que ele anelava?

          Sabedoria, divino tesouro,

          que com teu fogo me queimas,

          quando quero chorar não choro,

          e se choro, tu me consolas.
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