Page 39 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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Era um velho lenhador da comarca
          que não sabia ler nem escrever,
          só amava o fio de sua acha
          e sentia ânsia de viver.

Regava o sulco com suas lágrimas
e amor sentia pela sabedoria,
sorriam suas faces pálidas
e embriagava−se de amor e poesia.

          Sabedoria, sabedoria, sabedoria,
          quanto me queimas,
          exclamou o ancião que morria
          sob as avermelhadas estrelas.

Sabedoria, licor dos deuses,
é licor que envenena
e por um caminho muito duro meu espírito virá,
é terrível, meu Deus, a tortura de esperar.

          Sabedoria, por ti levanto minha taça,
          estou cansado de chorar,
          sabedoria, a ti canto minhas estrofes
          e aguardo entre as rosas
          o amor que logo voltará.
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