Page 121 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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“Isso dá trabalho porque faz muito tempo que vivo nas trevas”,
respondeu−me. E eu mostrando−lhe os pedaços de almas, adverti−lhe: Aqui
virás se seguires com tuas maldades. conduzi−o novamente ao seu plano
astral.
Apesar de que para mim não foi de todo satisfatória aquela prova, não
desanimei. Compreendi que ele tinha o Guardião do Umbral dentro de seus
corpos internos e como é lógico, esse Guardião tão respeitado pelos magos
negros o escravizava totalmente, apesar das esperanças prometedoras que
eu observava em Belzebu.
Não se havia enfurecido contra a luz, unicamente o tinha fatigado.
No astral sofria muito, todos os espiritualistas tinham−lhe asco, e ele estava
desiludido de sua gente.
Sempre o mesmo déspota que detrás do altar dirigia seu templo, sempre os
mesmos vícios e esses vícios já o tinham transformado num gorila, numa
besta imunda. Tudo isso eu, Samael Aun Weor, compreendia, e por essa
razão não esmorecia, maxime quando ele já tratava de sentir afeto por mim, e
considerava−me seu melhor amigo.
Realizei um terceiro experimento, o qual foi realmente decisivo: Levei Belzebu
pela segunda vez ao “Anel Não se Passa”. Invoquei ali seus melhores e
antiqüíssimos amigos da Época de Saturno. Esses amigos eram agora
luminosos Senhores da Mente, Senhores da Luz, e, cheios de dor abraçaram
Belzebu, e um deles lhe disse: “Jamais acreditei chegar a ver−te neste
estado”.
Belzebu respondeu: “Veja até onde cheguei”. Naquele plano, Belzebu parecia
algo assim como um gorila da selva africana dentro de um elegante salão de
Paris.
Porém, Belzebu ao reconhecer seus amigos mais queridos, consternou−se no
fundo de ua alma e compreendeu totalmente seu extravio. Esse era Belzebu,
o simpático e disputado galã da Arcádia! Se não houvesse seguido pelas
tabernas, não haveria conhecido o horrível mago negro que o extraviou...
Pedi permissão aos mestres daquele luminoso plano para deixarem Belzebu
por um tempo nessa luminosa região e os mestres acederam de bom grado à
minha petição, sob a condição de visitá−lo constantemente. Então formamos
uma Cadeia de Amor ao redor de Belzebu e o inundamos com nossos
melhores átomos e o saturamos de luz e esplendor.
Eu visitava constantemente Belzebu. Ele permanecia triste, era o único gorila
daquele plano de Deuses... Todos os seres daquela região miravam−no com
curiosidade e os antigos amigos do Período de Saturno aconselhavam−no e o
ajudavam.
Belzebu ia−se acostumando pouco a pouco à luz e no fundo de sua alma
sentia remorsos pelo tempo perdido, vergonha ante seus melhores amigos e

