Page 120 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
P. 120
e atacava furioso os magos brancos, crendo−os perversos. ele se achava
santo e bom, e aos magos brancos, considerava−os demônios.
Ele ignorava nosso princípio gnóstico que diz: “Uma Alma se tem e um
Espírito se é”.
“Antes da falsa aurora aparecer sobre a terra, aqueles que sobreviveram ao
furacão e à tormenta, louvarão o Íntimo e a eles se lhes aparecerão os
Arautos da Aurora” (do Testamento da Sabedoria).
O Íntimo é nosso Mestre Interno e a alma que se afasta do Íntimo vai ao
Abismo.
O Espírito é nosso Real Ser e a alma que se afasta de seu espírito
desintegra−se: essa é a Segunda Morte.
Cheio de ânimo por aquelas palavrasque Belzebu manifestou durante a ceia,
fiz um novo experimento: invoquei−o novamente no astral e uma vez mais
concorreru ao meu chamado. Diplomaticamente convidei−o para beber
algumas taças comigo. Alegre e feliz, Belzebu aceitou meu convite, e
conforme caminhávamos pelo plano astral ele ia trocando a vibração até que
finalmente tirei−o do plano astral e o conduzi ao plano de consciência mais
divino do cosmo.
Este plano é chamado pela Mestra Blavatski (em seu 1º Tomo da Doutrina
Secreta) de O ANEL NÃO SE PASSA. Consideramos o cosmo como uma
grande árvore com suas raízes no Absoluto. Essas raízes vêm a ser “O Anel
Não se Passa”, porque desse plano ninguém pode passar, nem os maiores
deuses do cosmo podem passar desse Anel.
Belzebu ficou realmente deslumbrado ante a terrível luminosidade dessa
inefável região, indescritível por sua beleza e felicidade. Porém, sentiu terror.
Há aproximadamente quatro eternidades que Belzebu vivia entre as trevas
das cavernas tenebrosas e agora, ao ver a luz, sentia medo... e com voz
rouca exclamou: “Isto é sempre terrífico”. Mais terrificante são as trevas em
que tu vives, respondi−lhe, e caminhando por esse plano passamos em frente
a uma casa. “Pode−se entrar?”, perguntou−me. Respondi−lhe
afirmativamente. De imediato entramos e estivemos nela por curto espaço de
tempo. Para Belzebu tudo aquilo era realmente novo e ele sentia−se mal. Ele
estava acostumado a viver entre os Profetas Velados e portanto a
luminosidade terrível desse plano o fustigava consideravelmente. Depois de
um momento de luz, conduzi−o ao outro extremo, às terríveis trevas do
Avitchi de nossa Terra, onde não se vêem senão pedaços de almas em
estado de desintegração, almas de prostitutas que por força de tanto coabitar
separaram−se totalmente do Íntimo, as quais acostadas em seus imundos
leitos vão−se desintegrando como velas que se derretem com o fogo da
paixão.
Havia ali almas de demônios que só pareciam pedaços. “Aqui sinto−me um
pouco melhor”, disse−me Belzebu, e eu contestei: Terás que te acostumar à
luz.

