Page 118 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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características. Desses casos contam−se aos milhares nos anais das
aparições das sociedades psíquicas. Essas são as aparições de falecidos de
que falam os espíritas. Porém, jamais souberam explicar coisas e só
superficialmente dizem que são fenômenos de materialização, e os enchem
com um milhão de teorias.

Eles ignoram que a alma pode entrar nos distintos departamentos do Reino.
O que se requer é aprender a a fazê−lo tal como o sabem os magos. O mago
não necessita de médiuns espíritas para realizar estes fenômenos de magia
prática. O que acontece é que é que quando se explica a magia tal como é,
aos quiméricos parece−lhes algo sem razão, e preferem seguir seu mundo de
ilusão. Conheço o caso de um evocador que chamou Belzebu com a
Clavícula (chave) de Salomão, que é como segue:

“AGION TETRAGRAM VAICHEÓN ESTIMILIA MATON ESPARES
RETRAGRAMMATON ORGORAN IRION. ERGLION EXISTION ERYONA
ÓMERA BRASIN MOIM MESIAS SOLER. EMANUEL, SABAOT, ADONAI. TE
ADORO E TE INVOCO.”

Quando o evocador viu Belzebu na metade da peça, encheu−se de infinito
terror, e não se atreveu a fazer com ele pacto algum porque se lhe travou a
língua.

Belzebu tinha sempre sua caverna cheia de armas e de selos para marcar os
corpos astrais de seus discípulos. Eu, Samael Aun Weor, observava Belzebu
no astral, e procurei ganhar sua amizade porque chamava−me sobremaneira
à atenção o fato de que irradiava amor a seus amigos.

Era um caso raríssimo e único em seu gênero, pois jamais tinha ouvido falar
que um demônio irradiasse luz azul, que é a do amor.

É certo que me fazia terríveis ameaças, porém eu o vencia com meus
mantras. Acompanhava−o às suas cavernas no astral e cheguei até a tomar
parte de seus festins, fingindo−me de mago negro e até seu colega, para
assim estudar mais acerca daquele personagem. Minha intenção em longo
prazo era realizar a maior façanha do Cosmo: tirar Belzebu da Loja Negra e
convertê−lo em discípulo da Loja Branca.

Meu discípulos consideravam tudo aquilo como algo verdadeiramente
impossível e Belzebu não deixava de ameaçar−me. Porém, apesar de tudo,
eu não desanimava. Houve um curioso sucesso que veio dar−me ânimo em
meu intento. Uma noite, junto com um chela, invocamos Belzebu em astral e
tendo ele concorrido ao nosso chamado, convidamo−lo para jantar. Ele
aceitou o convite e concorremos a um restaurante do plano astral. (Como já
temos explicado, o corpo astral também come elementos afins ao seu
organismo. O mundo astral é quase igual ao nosso.) Assim, pedi para
Belzebu um alimento enquanto me contentei em beber um copo de
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