Page 123 - A REVOLUÇÃO DE BELZEBU - V. M. Samael Aun Weor
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Belzebu revoltava−se contra o ódio, contra o egoísmo, contra os vícios, contra
a fornicação, contra a ira, contra o crime etc.

De repente, surge dentro da cena algo tétrico e horrível. Era um horrível
demônio, vestido com túnica negra e tendo aros em suas orelhas. Os olhos
de semelhante demônio projetavam−se para fora e uma atmosfera de
profundas trevas o envolvia. Belzebu ficou contemplando−o atônito, era seu
antiqüíssimo mestre, o horrível mago negro que com suas chaves
maravilhosas o ajudava sempre a triunfar no vício do jogo. Era o horrível
demônio que o conduzira à Primeira Iniciação Negra. Foi quem o escravizou
ao Guardião do Umbral naquele antiqüíssimo templo tenebroso, onde passou
o Primeiro Ritual pelo qual os magos negros passam hoje em dia.

Sorridente, aproximou−se de Belzebu o sinistro personagem para saudá−lo.

Belzebu, como que atraído por um feitiço hipnótico, quis aproximar−se para
corresponder à saudação, porém deteve−se. Um gesto de rebeldia surgiu das
profundezas de sua alma, e heroicamente exclamou: “Não, não te saúdo,
nada quero contigo, tu és o culpado de que eu esteja neste estado!”

Então, o sinistro personagem respondeu com voz muito brava, que parecia
emanar do fundo dos séculos e da profundidade das cavernas tenebrosas:
“Esta é a paga que dás aos meus serviços? Já não te recordas dos meus
sacrifícios? Já não te lembras dos ensinamentos que eu te dei? Estás
deixando−te levar pelo mau caminho”.

Belzebu porém respondeu cheio de energia: “Não quero te escutar, tu és o
culpado de que eu esteja neste estado. Os favores recebidos, creio havê−los
pago”. Então eu conjurei o sinistro personagem para que se retirasse e o
mago negro retirou−se com suas profundas trevas.

Pareceu fundir−se no Abismo. Esta foi uma prova para Belzebu e ele saiu−se
bem da prova.

Belzebu revoltou−se contra a magia negra. Um gesto de rebeldia estalava no
fundo de sua alma.

E depois que tinha projetado esses Arquivos Akáshicos na atmosfera, para
que Belzebu os contemplasse, os Mestres e meus discípulos fizemos Cadeias
de Amor para irradiar luz a Belzebu.

Logo projetei para Belzebu, e em forma de quadros, o porvir que o aguardava
se seguisse o caminho negro.

Apareciam quadros onde se via Belzebu feliz nas tabernas, entregue a todos
os vícios da terra.

Por último, aparecia o crepúsculo da Noite Cósmica, os mares transbordados
sobre a terra, tudo ruínas e gelo, e, adiante, numa praia, jogado, um pedaço
de cabeça com seu peito e braços do que antes havia sido Belzebu.
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